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Maternidade e educação: uma relação possível

  • Publicado: Segunda, 24 de Agosto de 2020, 12h39
  • Última atualização em Segunda, 24 de Agosto de 2020, 13h09
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Toda a mãe sabe a dor e a delícia de ser o que é. A afirmação, adaptada da música do artista, bem que poderia ser o lema das alunas que encaram o desafio de conciliar estudo e maternidade. No IFPA Campus Belém, várias dividem o tempo entre livros e cuidados com os pequenos – ou nem tão pequenos assim...

 Aurizete Martins da Silva Mastub, 34 anos, é uma delas. Aluna do curso Técnico Subsequente de Eventos, ela resolveu retomar os estudos, depois de quase três anos. “Concluí o Ensino Médio no sacrifício, levando minha filha para a escola. Depois, ainda comecei o curso de Engenharia da Computação, mas precisei parar. Em 2018, decidi criar coragem e fui atrás dos meus objetivos”, recorda. “Não foi fácil. Sempre, a maior correria, mas tive o apoio da minha mãe, Aldair Gomes Martins, e a compreensão das milhas filhas”.

 Enquanto as aulas do terceiro semestre de Eventos não são retomadas, Aurizete se matriculou em cursos online de Cerimonialista e Gestão de Turismo. “Quero me aperfeiçoar cada vez mais e, no futuro, concluir a faculdade de Computação”.

 Mãe de Geovanna (15 anos) e Sthefany (7 anos), ela faz questão de incentivar as filhas a seguirem estudando. “Minhas filhas nunca foram obstáculo para meus projetos. Ao contrário, elas são minha maior inspiração e espero que eu possa ser um exemplo para elas”. Alguém duvida?

 A realidade também foi de superação para Luana Elynara de Matos Campos, 38 anos, egressa do curso Técnico Subsequente de Guia de Turismo. Ela, que já era graduada em Turismo, tinha o desejo de fazer o curso de Guia: “Passei na prova e meses após o início das aulas, engravidei. Frequentei o curso até o limite da gravidez, mas deixei de fazer duas viagens obrigatórias, e por isso acabei adiando a conclusão”, explica.

 O período antes e depois da chegada de Maria Luna (hoje, com 2 anos), não foi fácil. “Deixar minha filha para as viagens de estágio, mesmo que por alguns dias, foi dolorido demais, porque ela ainda mamava”, recorda. Durante a madrugada, enquanto a bebê dormia, preparava os trabalhos. E quando precisou apresentar seminários em sala, contou com o apoio da mãe (Luacy) e da irmã (Luanda). “Levava a minha filha recém-nascida no colo. Era cansativo, mas eu não queria desistir”.

 Com dois cursos concluídos, Luana garante que não vai parar. Tem planos de fazer mestrado, doutorado e até outras graduações. “Gosto muito de estudar, de aprender, se eu pudesse, estaria sempre em uma sala de aula”. Mas, agora, o desafio é outro: “quero voltar ao mercado de trabalho e mostrar que ser mãe não me impede de ser competente e responsável na minha atividade”.

 O maior estímulo para continuar persistindo é, claro, Maria Luna, sua 'companheira' de estudos. “Quero ser um espelho pra ela”.

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