ENERGIA LIMPA: IFPA Campus Belém avança nas etapas de instalação da usina fotovoltaica

As fontes de energia limpas já são uma realidade. Sua produção e consumo são importantes para a proteção do meio ambiente e para a melhora na qualidade de vida das pessoas. Além disso, é uma forma de garantir a sustentabilidade do planeta e uma visão de negócios atrelada ao futuro.

No dia 8 de julho de 2021, o IFPA deu o primeiro passo para o processo de instalação de usinas fotovoltaicas em suas unidades, uma equipe de engenheiros fez uma visita técnica ao Campus Belém, dando início à vistoria nos telhados para verificar quais os prédios que apresentam melhores condições para a abrigar os equipamentos. Atualmente várias placas encontram-se instaladas e hoje, 29 de outubro, mais uma etapa está sendo realizada, que é a adequação do Sistema de Proteção em média tensão.

O projeto é custeado por verbas do Ministério da Educação (MEC), que liberou R$ 60 milhões para a aquisição e instalação de 852 usinas fotovoltaicas em 38 institutos federais, dois centros de educação tecnológica (CEFET) e no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.Além do Campus Belém, os campi de Castanhal, Ananindeua e a Reitoria também estão contemplados com a implantação das usinas.

Sustentabilidade ambiental e econômica

A proposta deve gerar uma economia de R$ 17,7 milhões, anualmente, com contas de energia elétrica. Cada placa solar, quando em funcionamento, deve gerar, em média, 30,3 MWh/ano. Isso representa, aproximadamente, uma redução de R$ 20,8 mil nas contas de luz de cada instituição.O valor pode variar de acordo com a radiação média dos estados brasileiros e da tarifa vigente da concessionária de energia.

No ano de 2019, a despesa com energia elétrica do Campus Belém ficou em torno de 2 milhões de reais. “Considerando que a capacidade instalada inicial do projeto é dede 550kWp, isso representa 64% da demanda contratada do Campus Belém, que atualmente é de 850kW. Dessa forma, estima-se uma economia de até 40%, dependendo da incidência dos raios solares ao longo do dia”, explicou o engenheiro eletricista Marcelo Rodrigues, do Campus Belém.

Além da economia de gastos públicos, as usinas terão impacto direto na sustentabilidade. A energia fotovoltaica utiliza a radiação emitida pelo sol para gerar energia elétrica. Após a instalação das usinas, mais de 5 mil toneladas de CO₂eq (equivalente de dióxido de carbono) devem deixar de ser emitidas para a atmosfera. E cada placa solar tem, em média, vida útil superior a 25 anos.

A agenda da sustentabilidade

Essas ações estão sendo implementadas com o objetivo de tornar a instituição mais sustentável. A gestão da instituição vem trabalhando para criar e implantar uma cultura sustentável ao longo dos últimos anos. O primeiro passo ocorreu em 2017, onde o IFPA, com o propósito de estabelecer as diretrizes e objetivos sustentáveis para a atuação dos campi e unidades, instituiu-se a primeira Política Ambiental. Em 2018, foi elaborado o Plano de Logística Sustentável com vigência de 2019 a 2023.

Nas diretrizes de sustentabilidade ficaram estabelecidas as práticas necessárias para alcançar os objetivos e metas propostos para o período. A condução do projeto no Campus Belém ficou sob responsabilidade da equipe de Administração e Planejamento, que empreendeu todos os esforços para a realização dessa iniciativa de sustentabilidade, recebida com entusiasmo desde 2019, quando teve início os estudos para implementar um conjunto de estratégias sustentáveis, como o uso dos painéis fotovoltaicos, implantação de sensores de presença, realização de ações educativas para redução do consumo de copos descartáveis, viabilização de coleta seletiva solidária. Até 2023 espera-se fazer a adesão à Agenda Ambiental na Administração Pública (ABP).

Portanto, com a concretização da etapa de adequação do Sistema de Proteção em média tensão, estaremos próximos de colher os benefícios do projeto. No caso de Campus Belém, “será necessário a instalação de alguns equipamentos para ocorrer o funcionamento. A previsão é que no próximo mês (novembro), o sistema Fotovoltaico seja conectado à rede elétrica”, completou Marcelo Rodrigues.