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Dia da Consciência Negra: IFPA promove evento internacional

  • Publicado: Segunda, 16 de Novembro de 2020, 09h05
  • Última atualização em Segunda, 16 de Novembro de 2020, 09h10

 

Para celebrar o Dia da Consciência Negra (20/11), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPA) promove o I Webinário Internacional Brasil-África, com o tema “Olhares de Resistência e a questão de direitos sobre a vida e a ancestralidade”. O evento, que será realizado de forma online no período de 16 a 23 de novembro, tem uma proposta interdisciplinar, reunindo artistas, intelectuais, militantes do movimento negro e indígena. As inscrições terminam nesta segunda-feira (16/11). Clique AQUI.

Entre os palestrantes estão representantes de Moçambique e Benin; de instituições como IFPA, Universidade Estadual do Pará (UEPA), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Secretaria de Educação (Seduc), Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e Associação dos Filhos e Amigos da Cultura Afro Brasileira (Afacab).

Durante os seis dias de programação, assuntos importantes sobre racismo e equidade racial serão tema de debate, como Necropolítica, Saberes Arte e Cultura, Gênero, A Questão Ambiental, Religiosidade e Ancestralidade, entre outros. O roteiro inclui ainda atividades culturais, com show musical e mostra de cinema. A proposta é estimular reflexões, evidenciar e debater os múltiplos olhares de resistência, e a questão de direitos sobre a vida e ancestralidade no Brasil e na África.

O Webinário é promovido pela RENNEABI - IFPA (Rede de Núcleos de Estudos Afro-brasileiros NEAB, de Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas e Grupos Correlatos), com representantes dos 18 campi da Instituição. A Rede atua há anos nas diferentes dimensões das relações etnicorraciais, promovendo ações e políticas afirmativas.

Os núcleos e grupos estão definidos em legislação própria a partir do Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Etnicorraciais e para o Ensino em História e Cultura Afro-brasileira e Africana, obedecendo dessa forma à implementação do Artigo 26A da LDB nº 9394/1996.

Segundo os organizadores do evento, além de dar visibilidade ao trabalho dos Núcleos, o encontro quer aproximar os diversos grupos sociais no Brasil e na África, estendendo e estreitando as relações institucionais com setores variados da sociedade.

Para a professora Laurenir Peniche, promover um evento com esse perfil é um grande desafio. “Essa é uma atividade construída e associada a vários campi do IFPA, com uma pluralidade de temas e convidados, abordando as diversas realidades regionais, nacionais e internacionais. Numa ação conjunta com os outros NEABIs e NEABs, apostamos num evento que apresente e fortaleça as ações em Rede, e que traz uma pauta comum: diversidade e antirracismo. Com as limitações impostas pela pandemia, e mesmo distantes, queremos estreitar relações, promovendo o diálogo sobre temas tão importantes”.

Aproximar a discussão com a academia também é um objetivo do Webnário. Os professores Ana Célia Barbosa Guedes e José Luiz de M. Franco, mediadores da mesa “Gênero, raça e sexualidade”, ressaltam a importância de dar visibilidade aos estudos na área: “Eventos como esse revelam que existem pesquisadoras(as) e ativistas, tanto na Amazônia quanto no continente africano, que lutam por equidade racial e gênero e por liberdade sexual. Além disso, mostram que suas pesquisas são importantes para propor políticas públicas específicas para o povo racializado. Essas discussões e debates dentro do Instituto Federal do Pará certamente ajudarão docentes, discentes e profissionais de diversas áreas do conhecimento a refletir e questionar seus pares e instigar a uma educação antirracista e mais comprometida com a equidade de raça, gênero e ao respeito às diferentes sexualidades”.

Outro assunto que merece destaque no Webnário é tradição religiosa afrobrasileira. Segundo o professor Douglas de Oliveira e Oliveira, mediador da mesa “Aláfia: Olhares Interdisciplinares acerca das tradições religiosas Afrobrasileiras”, as tradições religiosas afrobrasileiras no Brasil sofrem ataques há séculos. “A grande diferença nos tempos atuais é que a tecnologia e as redes sociais estão permitindo o registro e a denúncia de forma mais rápida. Importante também destacar que essas tradições não são vítimas apenas de preconceito (ideias preconcebidas) e de discriminação (exteriorização dessas ideias) – são alvo de algo muito mais grave: racismo religioso! O I Webnário Internacional Brasil-África será um espaço importante para dar visibilidade, vez e voz a pesquisadores e praticantes dessas tradições religiosas, ajudando a desmitificar o tema, promover a educação antirracista e combater o racismo religioso”.

 

 

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